Liberta-a-ação

Agir é desconfortável.
É porta de entrada para a possibilidade de erro. Da falha. É caminho certo para o incerto. Agir implica em algum grau de comprometimento, e comprometimento cerceia o que se entende geralmente por liberdade.
Agir é combater inércia.
Agir é receber um tapa na cara da realidade: sempre tão diferente da idealização.
Agir é dispor-se ao novo. Ao inesperado. É ser inicialmente rascunho, esboço, perceber-se pedra de mármore que precisa ser tolhida para virar arte.
A expectativa de ação carrega em si, muitas vezes, uma expectativa de algum grau de sofrimento, dificuldade, preguiça e muitas vezes até vergonha que nos faz desistir de agir.
Agir é uma foda. E, pensando aqui… não é exatamente da foda que se cria a vida?
Sabe, VIDA? Entusiamo? Vigor? Disposição? Dispor-se-a-ação?
O louco da história é que a vida, definitivamente, se faz na ação. E que geralmente a expectativa imaginada se mostra falsa nos primeiros minutos de um comportamento intencional.
Vida é cria-ação. Motiva-a-ação. Anima-a-ação. Determina-a-ação.
Podemos (e quiçá devemos) sonhar, ter ideais, buscar conhecimento. Autoconhecimento. Porém, sem ação, viram apenas palavras e informações estéreis, jogadas ao vento. Porque sabe o que dá mais tesão? Sabe o que faz a gente sentir que leva uma vida que vale a pena ser vivida?
Realização.
Realiza-a-ação.
Agir é pura magia. É manifestar um ato de vontade. É experimentar as infinitas possibilidades que a vida realmente oferece. É focar no processo, no aqui agora, na vivência, no corpo, na alma. Ação desconectada de propósito é automatismo. Ação sustentada no casamento razão-emoção é libertação.
Liberta-a-ação.
Liberta.
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